dez 13, 2009 - Poligrafia    No Comments

É hora de desarmar o circo…

ZelaiaDisse, em artigo anterior, que tinha sérias dúvidas se o Brasil emergiria honrado das honduras da crise em que se meteu… Não tenho mais dúvidas!

Assessor para assuntos internacionais, do Planalto, com arrogância tupiniquim, de quem se acha dono do Cruzeiro do Sul, declarou que o Brasil não reconhecerá as eleições presidenciais de Honduras, porque foram convocadas por “presidente golpista”, e que a abstenção, esta convicto, seria tamanha ao ponto de torná-las nulas. Como os arrogantes erram, errou. Aliás, errou duplamente: as eleições em Honduras foram declaradas (como se diz lá) pelo Tribunal Eleitoral (Art. 236 da Constituição) e o comparecimento, nestas, em sistema de voto facultativo, excedeu ao da eleição do condenado (que tiver dúvida que ele o é basta consultar o sito eletrônico da Corte Suprema de Justiça, de Honduras, para ler, inclusive, o mandado de captura) Zelaya…

Do exterior, perguntado sobre o mensalão do DEM, com sua filosofia anticonfuciana o arrogante mor declarou, sem nenhum constrangimento: “as imagens não falam por si. O que fala é o processo de apuração”, tentado disfarçar a cara da nossa corrupta “democracia” e se esquecendo, de alcatéia, que as imagens integram o tal processo de apuração. Quando lhe perguntaram sobre o reconhecimento das eleições hondurenhas foi igualmente soberbo: “não reconheço eleições ilegítimas.”

Nisto não há novidade nenhuma… o ufanista, ignorante ou letrado, termina acreditando que a contradição é lógica. Como não o é, mete o Estado nessa antinomia absurda: não pune sues corruptos, não respeita sua própria Constituição, asila criminoso comum, mas, com soberba arrogância, imiscui-se em problemas internos de outro Estado soberano… somente porque esse Estado ousou defender sua Constituição! Age, com relação a Honduras, como os Estados Unidos agem com relação ao Iraque ou Afeganistão, porque se acham no direito de intervir, de imiscuir, de provocar, de agredir, de invadir…

Mas, pantomima chega-se ao fim:

O ex-presidente de Honduras foi legalmente processado e condenado, por tribunais regulares e legítimos;

O processo teve a finalidade de desagravar a ordem constitucional, que ex-presidente intentou subverter, para implantar a reeleição, que a Constituição veda expressamente;

A sua substituição pelo presidente do Congresso obedeceu a mandamento constitucional;

As eleições estavam previstas no ordenamento jurídico-eleitoral de Honduras;

O Partido Liberal de Honduras, ao qual pertence Zelaya, disputou as eleições;

O povo representado (Congresso) rejeitou, por maioria absoluta (88,8 % dos votos), a restituição de Zelaya;

O povo diretamente (Eleição) rejeitou, por maioria, o candidato do partido de Zelaya, numa demonstração cívica de que não o quer.

Fim… Hora de desarmar o circo (fechar a embaixada brasileira, em Honduras) e dá bom destino ao Krusty hondurenho: arranjar-lhe uma ponta na próxima temporada dos Simpsons, ou empregá-lo, definitivamente, sem concurso, na Companhia Arruda de Espetáculos Brasilienses, para completar seu quadro de bufões..

Fernando Guedes

13/12/2009

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