jun 12, 2009 - Poligrafia    No Comments

12 de Junho: dia dos namorados e da vingança do beijo…

Viram que autoridades insensatas proibiram, em alguns países, o beijo, como medida preventiva da influenza H1N1… Tenho certeza que o mestre Estácio de Lima, onde estiver, protestou contra essa pequice… Mas, não foi somente isto, exorbitaram em tudo: nas providências, nos comunicados, na nomenclatura, na classificação, nas proibições, na quimioprofilaxia, no confisco de medicamento, na matança criminosa de suínos… Viram especialista (ditos infectologistas) lançarem opiniões ridículas, para garantir o seu “minuto global”. O mundo estava em risco, porque a “peste” ameaçava dizimar alguns milhões da sua população. O negócio (velho nome ressuscitado para a  atividade econômica) paralisaria, porque seus agentes (os que trabalham)  morreriam ou estariam hospitalizados. Escolas, restaurantes, casas de diversão, shoppings etc. cerrariam suas portas… Planos de contingência foram acionados… Somados os milhões gastos desnecessariamente ao lucro cessante de muitos setores econômicos, que tiveram suas atividades atingidas pela irresponsabilidade das ações, o prejuízo é incalculável!

Vejam, agora, depois do nocaute à cidade do México, o que estão fazendo com Buenos Aires! Lamento por ela já não possui, vivo, a Enrique Santos Discépolo, para dizer-lhe, a essas autoridades insensatas, isto:

¡Hoy resulta que es lo mismo

ser derecho que traidor!…

¡Ignorante, sabio o chorro,

generoso o estafador!

¡Todo es igual!

¡Nada es mejor!

¡Lo mismo un burro

que un gran profesor!

No hay aplazaos

ni escalafón,

los inmorales

nos han igualao.

Si uno vive en la impostura

y otro roba en su ambición,

¡da lo mismo que sea cura,

colchonero, rey de bastos,

caradura o polizón!…

Tudo é igual, vivemos lambuzados num merengue de imposturas; num reinado de dublês e de farsantes onde a confusão de ordens é a ordem… Não há solução, porque o mundo se imbecilizou e os costumes se deturparam. Invertem-se os valores, para valer a superficialidade do conhecimento: qualquer um serve para assumir posição importante, desde que seja um comandado do sistema dominante, e a ele dedique fidelidade perpétua. Desprezam o saber, para valer a incultura e aceitar a colonização intelectual…

12 de junho, dia dos namorados, passa a ser um dia ainda maior, porque será, de agora em diante, também conhecido como o dia da vingança do beijo, cuja idéia já encaminhei, por falta de melhor pauta, ao Senado Federal, para decretação oficial… Foi em 12 de junho que a taxa de letalidade de influenza H1N1 se desmoralizou, inferiorizando-se à da influenza sazonal: 0,49%.

A influenza H1N1, como vê, não supera, em termos de letalidade, a influenza sazonal: beijem, pois, à vontade, como diz, na canção, a inesquecível Maria Grever:

Bésame con un beso enamorado

Como nadie me ha besado, desde el dia en que nací…

Porque nunca fez, nem fará mal algum… Quanto a Buenos Aires, um dos meu s amores, com ou sem gripe, deixo que Ferrer fale por mim:

¡Loco! ¡Loco! ¡Loco!

Cuando anochezca en tu porteña soledad,

por la ribera de tu sábana vendré

con un poema y un trombón

a desvelarte el corazón.

Fernando Guedes

Riacho de Santana, 12/6/2009

12 de Junho: dia dos namorados e da vingança do beijo…
Viram que autoridades insensatas proibiram, em alguns países, o beijo, como medida preventiva da influenza H1N1… Tenho certeza que o mestre Estácio de Lima, onde estiver, protestou contra essa pequice… Mas, não foi somente isto, exorbitaram em tudo: nas providências, nos comunicados, na nomenclatura, na classificação, nas proibições, na quimioprofilaxia, no confisco de medicamento, na matança criminosa de suínos… Viram especialista (ditos infectologistas) lançarem opiniões ridículas, para garantir o seu “minuto global”. O mundo estava em risco, porque a “peste” ameaçava dizimar alguns milhões da sua população. O negócio (velho nome ressuscitado para a  atividade econômica) paralisaria, porque seus agentes (os que trabalham)  morreriam ou estariam hospitalizados. Escolas, restaurantes, casas de diversão, shoppings etc. cerrariam suas portas… Planos de contingência foram acionados… Somados os milhões gastos desnecessariamente ao lucro cessante de muitos setores econômicos, que tiveram suas atividades atingidas pela irresponsabilidade das ações, o prejuízo é incalculável!
Vejam, agora, depois do nocaute à cidade do México, o que estão fazendo com Buenos Aires! Lamento por ela já não possui, vivo, a Enrique Santos Discépolo, para dizer-lhe, a essas autoridades insensatas, isto:
¡Hoy resulta que es lo mismo
ser derecho que traidor!…
¡Ignorante, sabio o chorro,
generoso o estafador!
¡Todo es igual!
¡Nada es mejor!
¡Lo mismo un burro
que un gran profesor!
No hay aplazaos
ni escalafón,
los inmorales
nos han igualao.
Si uno vive en la impostura
y otro roba en su ambición,
¡da lo mismo que sea cura,
colchonero, rey de bastos,
caradura o polizón!…
Tudo é igual, vivemos lambuzados num merengue de imposturas; num reinado de dublês e de farsantes onde a confusão de ordens é a ordem… Não há solução, porque o mundo se imbecilizou e os costumes se deturparam. Invertem-se os valores, para valer a superficialidade do conhecimento: qualquer um serve para assumir posição importante, desde que seja um comandado do sistema dominante, e a ele dedique fidelidade perpétua. Desprezam o saber, para valer a incultura e aceitar a colonização intelectual…
12 de junho, dia dos namorados, passa a ser um dia ainda maior, porque será, de agora em diante, também conhecido como o dia da vingança do beijo, cuja idéia já encaminhei, por falta de melhor pauta, ao Senado Federal, para decretação oficial… Foi em 12 de junho que a taxa de letalidade de influenza H1N1 se desmoralizou, inferiorizando-se à da influenza sazonal: 0,49%.
A influenza H1N1, como vê, não supera, em termos de letalidade, a influenza sazonal: beijem, pois, à vontade, como diz, na canção, a inesquecível Maria Grever:
Bésame con un beso enamorado
Como nadie me ha besado, desde el dia en que nací…
Porque nunca fez, nem fará mal algum… Quanto a Buenos Aires, um dos meu s amores, com ou sem gripe, deixo que Ferrer fale por mim:
¡Loco! ¡Loco! ¡Loco!
Cuando anochezca en tu porteña soledad,
por la ribera de tu sábana vendré
con un poema y un trombón
a desvelarte el corazón.
Fernando Guedes
Riacho de Santana, 12/6/2009

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